Dieta cetogênica, também chamada de dieta cetônica, regime alimentar que elimina ou limita severamente os carboidratos em favor de proteínas e gorduras como estímulo para a perda de peso.

A cetose é uma condição metabólica na qual o corpo humano utiliza cetonas, compostos químicos produzidos por aminoácidos como leucina e tirosina, no lugar da glicose que os carboidratos fornecem em abundância. Essa condição é historicamente associada à fome, o corpo se consumindo essencialmente em tempos de escassez de alimentos.

O termo dieta cetogênica data de 1930. No entanto, apenas nas décadas mais recentes a dieta, que potencializa o consumo de cetonas, foi amplamente divulgada e empregada como meio de perder peso e melhorar doenças relacionadas à dieta, como diabetes mellitus tipo 2 . A dieta cetogênica também demonstrou ter efeitos positivos no tratamento da epilepsia resistente à terapia, doença de Alzheimer e depressão, embora os mecanismos ainda não sejam bem compreendidos.

A dieta cetogênica é semelhante à dieta Paleo em muitos aspectos. Este último é baseado em alimentos supostamente consumidos no Período Paleolítico, anterior à origem da agricultura: carne, peixe, frutas, vegetais e nozes, mas sem grãos ou laticínios. O raciocínio por trás dessa dieta é que o corpo humano, sendo lento para evoluir, é mais adequado para essa dieta “natural” do que para a “artificial” que surgiu com a domesticação de plantas e animais. Uma dieta cetogênica típica é composta principalmente de gordura (70-80 por cento) na forma de carne, peixe, banha, manteiga, nozes e sementes. O restante compreende proteínas com uma permissão muito pequena para carboidratos. Não existe uma forma canônica de dieta cetônica, como é popularmente chamada, exceto que alimentos ricos em carboidratos, como macarrão, pão e batatas, não são permitidos.